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sexta-feira, novembro 25, 2005

 

Interesses extra-desportivos. Ainda hoje, Luis Filipe Vieira é acusado de dizer o que nunca disse. Ainda hoje, é colocada na boca de Vieira uma frase proferida por Pinto da Costa. Quando Jankauskas assinou pelo Porto, Vieira desvalorizou o acontecimento. Referiu que o Benfica já havia desistido do jogador (e na realidade, a opção de compra expirara há vários dias) e que a contratação do lituano por parte do Porto visava apenas ocultar "uma derrota institucional." E naquele exacto momento, Vieria garantiu a chegada de dois reforços para a posição. No dia seguinte, Pinto da Costa afirmou: "Para o Benfica, é mais importante conseguir lugares na liga do que contratar bons jogadores." E como acontece habitualmente no futebol português, as mentiras de Pinto da Costa transformam-se em verdades absolutas. Mesmo que Miki Féher tenha sido apresentado dias depois. Mesmo que se tenha anunciado publicamente a adiantada negociação com Nuno Gomes. Importante foi lançar de imediato a suspeita sobre Cunha Leal. Porque o Benfica, vejam só, nem estava interessado em jogadores de futebol... Pinto da Costa, que, recorde-se, acumulou a presidência da Liga com a do Futebol Clube do Porto (uma situação absolutamente normal) estava preocupado que o Benfica indicasse o nome da segunda figura da Liga!! E durante estes anos não se cansou de afirmar o condicionamento da competição por factores extra-desportivos. Este ano, parece ter alterado a sua posição. Esta época, Pinto da costa já é favorável a esse condicionamento. Repare-se como se mostra parte interessada em tudo o que envolva o Benfica. Se Lucho Gonzalez é agredido por um jogador do Estrela, o Porto não se mostra parte interessada. Mas se há um lance polémico envolvendo Petit (e curiosamente, já houve um igual envolvendo um jogador portista), já lhes interessa. Se outras agressões acontecem por esses campos fora, ao Porto é-lhes indiferente. Mas se Nuno Gomes responde (infantilmente e irresponsavelmente, diga-se) à provocação de um adversário, eles acordam outra vez. E se um jogador do Porto voltar a ser agredido, haverá reacção? Claro que não. Afinal de contas, a Liga tem 18 equipas mas o Porto só compete com o ódio de estimação do seu presidente. Logo, a única preocupação da agremiação portista chama-se Benfica. Houve quem achasse estranho que Pinto da Costa tenha voltado atrás e apoiado a continuidade de Valentim na Liga. Outros há que acreditam no rensacer de um espírito solidário graças ao processo Apito Dourado. Mas a explicação é outra e bem simples. Se bem me recordo, Pinto da costa justificou o apoio ao regresso do Major para esvaziar o suposto poder de Cunha Leal. No ennato, continua a acusar a Liga de favorecer o Benfica. A verdade é que se a direcção da Liga caísse, Pinto da Costa ficaria sem bode expiatório para o caso das coisas correrem mal. Não teria caldeirão para cozinhar as suas polémicas estéreis. E perderia o inimigo externo para acicatar os ânimos dos adeptos portistas e desviar as atenções do processo judicial (que mais tarde ou mais cedo será arquivado sem qualquer consequência visível). É que Pinto da Costa nunca tem oposição nas eleições do Porto mas tem muita gente à espera do dia em que a cadeira se parta.

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CALCIO ROSSO - Blog de inspiração benfiquista
   
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