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segunda-feira, novembro 28, 2005
Equipa de Desdentados Segundo a edição online do jornal A Bola, Freddie Ljungberg tirou o dento do siso de modo a debelar a lesão muscular que tem no joelho. Segundo o jogador "Pode parecer estranho, mas os especialistas disseram-me que o dente do siso poderia ter efeito no meu músculo do joelho. Explicaram-me que pessoas com problemas cardíacos tinham sido ajudadas de igual modo. Se o coração também é um músculo, eu perguntei: «Porque não?»". Se o Rodolfo Moura ouve isto, vamos passar a ver o Simão, Miccoli e companhia a jogarem desdentados. comente: sexta-feira, novembro 25, 2005
Na mouche! Seria impossível estar mais de acordo com aquilo que o D'Arcy diz a propósito das queixinhas dos "andrades": "O que o PC não consegue admitir é que o que lhe está atravessado é aquele gesto do Nuno repetido no Dragão a apontar para as quinas na camisola. Isso, e ter deixado o PC de mão estendida e a falar sozinho o ano passado, quando ele pensou que mandava na sala de imprensa da Luz."comente: O gesto de Nuno Gomes. Sou favorável à instauração de processos sumaríssimos. Mesmo consciente das diferenças, e das injustiças que daí resultam, entre os meios que rodeiam os jogos televisionados e os restantes. Mas a verdade é que uma entrada maldosa pode prejudicar a carreira de um jogador ou, na melhor das hipóteses, condiconar o futuro próximo da equipa que representa. No entanto, no episódio concreto do gesto de Nuno Gomes - que não é um processo sumaríssimo mas pode causar os mesmos "danos" - a coisa afigura-se distinta. Todos nós jogamos, ou jogámos, futebol com os amigos. E mesmo nessa situação descontraída é natural o surgimento de bocas e insultos. Agora imagine-se um jogo com as caracteristicas de Braga, com tanta coisa em jogo. (estranho até, foi termos assistido a um jogo tão correcto por parte dos jogadores) É claro que há situações e situações... Fazer gestos insultuosos para o público, por exemplo, pode incendiar o ambiente num estádio... E por isso compreendo que os regulamentos contemplem esta situação. Mas a questão é: Nuno Gomes teve um gesto com influência negativa junto do público? Talvez. E mesmo assim, só por ter sido televisionado. No estádio, ninguém o terá visto a não ser o jogador bracarense a quem se dirigia. E o Nuno Gomes foi apanhado em directo ou tivemos a oportunidade de ver o gesto através de uma repetição? Faço a pergunta por achar que existe uma diferença clara entre mostrar um gesto por se estar a acompanhar as incidências do jogo ou apresentá-lo só porque nos apetece. É que arriscamos transformar um realizador televisivo numa espécie de juiz desportivo. Porque a verdade é que um gesto só tem consequências se uma audiência influenciável o identificar. Caso contrário, limita-se a um assunto entre jogadores. Aliás, por norma, os árbitros até punem estas situações com um mero cartão amarelo. O gesto de Nuno Gomes não traz qualquer consequência para o adversario, tal como a eventual provocação dirigida ao Nuno Gomes também não. Assim sendo, deve-se ou não castigar o jogador? Parece que sim, já que a imagem passou... Agora, deve ou não a Liga fazer uma chamada de atenção aos responsáveis das televisões para que estes evitem o recurso a imagens sensacionalistas? É que a obtenção de audiências pode afectar o decurso de um campeonato.comente: Interesses extra-desportivos. Ainda hoje, Luis Filipe Vieira é acusado de dizer o que nunca disse. Ainda hoje, é colocada na boca de Vieira uma frase proferida por Pinto da Costa. Quando Jankauskas assinou pelo Porto, Vieira desvalorizou o acontecimento. Referiu que o Benfica já havia desistido do jogador (e na realidade, a opção de compra expirara há vários dias) e que a contratação do lituano por parte do Porto visava apenas ocultar "uma derrota institucional." E naquele exacto momento, Vieria garantiu a chegada de dois reforços para a posição. No dia seguinte, Pinto da Costa afirmou: "Para o Benfica, é mais importante conseguir lugares na liga do que contratar bons jogadores." E como acontece habitualmente no futebol português, as mentiras de Pinto da Costa transformam-se em verdades absolutas. Mesmo que Miki Féher tenha sido apresentado dias depois. Mesmo que se tenha anunciado publicamente a adiantada negociação com Nuno Gomes. Importante foi lançar de imediato a suspeita sobre Cunha Leal. Porque o Benfica, vejam só, nem estava interessado em jogadores de futebol... Pinto da Costa, que, recorde-se, acumulou a presidência da Liga com a do Futebol Clube do Porto (uma situação absolutamente normal) estava preocupado que o Benfica indicasse o nome da segunda figura da Liga!! E durante estes anos não se cansou de afirmar o condicionamento da competição por factores extra-desportivos. Este ano, parece ter alterado a sua posição. Esta época, Pinto da costa já é favorável a esse condicionamento. Repare-se como se mostra parte interessada em tudo o que envolva o Benfica. Se Lucho Gonzalez é agredido por um jogador do Estrela, o Porto não se mostra parte interessada. Mas se há um lance polémico envolvendo Petit (e curiosamente, já houve um igual envolvendo um jogador portista), já lhes interessa. Se outras agressões acontecem por esses campos fora, ao Porto é-lhes indiferente. Mas se Nuno Gomes responde (infantilmente e irresponsavelmente, diga-se) à provocação de um adversário, eles acordam outra vez. E se um jogador do Porto voltar a ser agredido, haverá reacção? Claro que não. Afinal de contas, a Liga tem 18 equipas mas o Porto só compete com o ódio de estimação do seu presidente. Logo, a única preocupação da agremiação portista chama-se Benfica. Houve quem achasse estranho que Pinto da Costa tenha voltado atrás e apoiado a continuidade de Valentim na Liga. Outros há que acreditam no rensacer de um espírito solidário graças ao processo Apito Dourado. Mas a explicação é outra e bem simples. Se bem me recordo, Pinto da costa justificou o apoio ao regresso do Major para esvaziar o suposto poder de Cunha Leal. No ennato, continua a acusar a Liga de favorecer o Benfica. A verdade é que se a direcção da Liga caísse, Pinto da Costa ficaria sem bode expiatório para o caso das coisas correrem mal. Não teria caldeirão para cozinhar as suas polémicas estéreis. E perderia o inimigo externo para acicatar os ânimos dos adeptos portistas e desviar as atenções do processo judicial (que mais tarde ou mais cedo será arquivado sem qualquer consequência visível). É que Pinto da Costa nunca tem oposição nas eleições do Porto mas tem muita gente à espera do dia em que a cadeira se parta.comente: Taxis e bola. Terça-feira, após o almoço, eu e o colega AP Bitaites entramos num taxi e a conversa versa a arbitragem. Ironizamos em torno do penalty de João Ferreira quando o motorista nos interpela: "Os senhores por acaso sabem quantas são as leis de jogo? Para falar de arbitragem é preciso dominar bem o assunto." Com o desenrolar da conversa ficamos a saber que estamos na presença de uma figura histórica do futebol português. Figura, e não celebridade, porque poucos saberão o seu nome. Este taxista fora em tempos um fiscal de linha de topo. "Fui eu que dei indicação para a expulsão do Bento quando este agrediu o Manuel Fernandes." E apressou-se a apontar a sua isenção. "E vejam que até sou benfiquista." A conversa prosseguiu e o AP não resistiu a insinuar as maroscas de bastidores do futebol português. A resposta foi pronta. "No meu tempo não havia nada disso. Agora, não sei. Nos últimos anos, vi tanta coisa estranha..." Mas lá acabou por adiantar que tentativas de pressão nunca faltaram. E até houve tempo para uma pequena história. "Um dia, atirei uma bota à cara do Pinto da Costa. Tinhamos ido arbitrar a Penafiel e o Porto perdia por 1-0. Ao intervalo, o senhor Pinto da Costa entrou no nosso balneário a insultar toda a gente. É um mal-educado! Mas entretanto, na segunda parte o Porto deu a volta e acabou por vencer 1-4. E no fim da partida o senhor Pinto da Costa voltou a aparecer no nosso balneário, desta vez para nos oferecer umas botas e um fato de treino da Adidas. Eu agarrei nas botas e atirei-as contra ele!"comente: quinta-feira, novembro 24, 2005
Georgie Best. Williams era o nome de um profissional já veterano que fora humilhado pelo jovem George Best. Um dia encontrou-o e disse-lhe: "Will you stand still for a minute so I can look at your face?" Best perguntou porquê. "Because all I've ever seen of you, is your arse disappearing down the touchline." É este o homem que destroçou o Benfica em 66, colocando termo a uma série de 19 jogos europeus sem perder na Luz. “Busby's instructions had been to keep it tight for the first 15 minutes and see how things went. With just 12 minutes gone, Best had scored twice - once with a header, and the second a moment of magic as he beat three men before shooting past the goalkeeper. Afterwards, Busby turned to Best and said wryly: "You obviously weren't listening." E repetiu o feito em Maio de 1968, durante o prolongamento da final da Taça dos Campeões Europeus. "I used to dream about taking the ball round the keeper, stopping it on the line and then getting on my hands and knees and heading it into the net. When I scored against Benfica in the European Cup Final I nearly did it. I left the keeper for dead, but then I chickened out. I might have given the boss a heart attack." Este é o homem que encantou o Reino Unido e meia Europa. O homem que ainda hoje é considerado o melhor futebolista britânico de todos os tempos. O homem que em 1968 recebeu o troféu de Melhor Futebolista Europeu e que em 2003 o teve de vender para sobreviver. O homem que após seis épocas de brilho nos relvados, passou o futebol para segundo plano, privilegiando o jogo, as mulheres e o álcool. "Just as I wanted to outdo everyone when I played, I had to outdo everyone when we were out on the town." Nos Estados Unidos, Best habitou um acasa junto da praia. Mas entre a sua casa e o mar, situava-se um bar. Best admitiu um dia que nunca conseguiu chegar à água. Este éo homem que chegou a passar pela prisão após uma incursão pelo mundo do crime. Este homem polémico mas genuíno, está prestes a desaparecer. Sem nunca o ter visto jogar (com a natural excepção dos resumos de circunstância e dos documentários sobre a história de futebol que consumo avidamente) foi sempre uma referência. Quanto mais não seja porque adoro futebolistas polémicos. Fascino-me com aqueles que caminham entre a genialidade e o abismo. E Georgie representa isso melhor que ninguém.comente: quarta-feira, novembro 23, 2005
Eles ainda não conheciam o "mister" Koeman... JERRY: You have no idea what an idiot is. Elaine just gave me a chance to get out and I didn't take it. This (apontando para si próprio) is an idiot. GEORGE: Is that right? I just threw away a lifetime of guilt-free sex and floor seats for ever sporting event in Madison Square Garden. So please... a little respect. For I am Costanza. Lord of the Idiots! Peço desculpa por vos contrariar... Mas idiota é quem já conhece as fragilidades do seu adversário, sabe que o mesmo não é superior, joga em terreno neutro com a maioria do público do seu lado e, ainda assim, borra-se todo. Eu pergunto: se o Benfica passar e um dia encontrar o Barcelona pela frente, o que irá fazer? Jogar com 3 guarda-redes? Das duas uma... Ou Koeman é um grande visionário ou eu, definitivamente, não percebo nada de futebol. ps- Confessa Ronald. Ontem, até tiveste saudades do Karadas.
comente: domingo, novembro 20, 2005
Hóquei. O final da época passada ficou marcado por uma decisão caricata das instancias disciplinares do hóquei em patins nacional. O capitão do Benfica, Mariano Velasquez, e um adversário, envolveram-se em confrontos físicos num café situado nas imediações do Pavilhão Açoreana Seguros, cerca de hora e meia antes da partida que iriam disputar. Deliberou o Conselho de Disciplina que o Benfica deveria ser punido com a derrota (?!) e Mariano (o outro interveniente não foi contemplado com qualquer sanção) impedido de competir por um período de 3 meses!!! Recorde-se que as punições derivam de acontecimentos extra-desportivos... Entretanto no início da corrente época, o jogador Pedro Afonso deu entrada no hospital após o rebentamento de um petardo no Pavilhão Municipal de Fânzeres. O jogador falhou o primeiro jogo devido à lesão e os dois seguintes por a Federação não ter autorizado que competisse sob o efeito da medicação. Esta semana, a entidade competente - a mesma que já atribuiu 4 jogos a um clube por o seus adeptos terem apelidado a dupla de arbitragem de "gatunos" e "filhos da puta" - castigou os portistas com a interdição do Pavilhão Municipal de Fânzeres por dois jogos!!! E ainda assim, o senhor Ilídio Pinto - para os que não o reconhecem pelo nome, é aquele senhor de cabelo grisalho que a TVI mostrou a insultar o jovem agredido à stickada por Paulo Alves, quando este era transportado de maca - disse o seguinte: "Vamos aceitar com resignação. Embora repudiemos situações como as que ocorreram em Fânzeres, que são intoleráveis, os estragos foram nulos e o adversário aproveitou-se do que aconteceu. É uma situação que nos incomoda, mas não vai desanimar-nos." Coitadinhos...comente: O extermo esquerdo. Ano após ano, a ausência de alternativa a Simão Sabrosa continua a ser uma fragilidade do plantel benfiquista. Há coisa de um ano, elaborei uma lista de jogadores do nosso campeonato que poderiam ser úteis ao Benfica. entre eles encontrava-se três jogadores para esta posição. Um era Diogo Valente, que parece estar a caminho do Dragão. Outro era Targino, que passado este tempo me parece mais talhado para a posição de ponta de lança ou segundo avançado. É rápido, tem boa capacidade de dribble e gosta da baliza. Faz lembrar o Mantorras dos velhos tempos. O terceiro chama-se Cesinha e foi uj dos melhores no jogo de ontem à noite. E tendo em consideração a fraca forma de Geovani e a inépcia de Carlitos, Cesinha entrava de caras no onze do Benfica (com a natural deslocação de Simão para a direita).comente: Problema oftalmológico? Se a bola entra na baliza portista, manda-se seguir o jogo. Se a bola não entra na baliza adversária, valida-se o golo à equipa portista...comente: Manuel Fernandes. Continua a só jogar quando lhe apetece e ontem voltou a assinar uma exibição displicente. Está a precisar de ficar um joguinho fora da convocatória para amansar o ego.comente: Justo. O Benfica de ontem teve duas faces. Na primeira parte foi lúcido e inteligente, num jogo que aconselhava cautelas. Por isso mesmo, entrou sem exercer grande pressão e sem forçar o ritmo da partida. Mas atingiu o controlo do jogo através do posicionamento da equipa. Jogando bastante subido no terreno, encarcerou o Braga no seu meio-campo e chegou com naturalidade ao golo, num grande cabeceamento de Anderson. Na segunda parte foi altamente displicente. Provavelmente, os jogadores entraram em campo já a pensar na cidade de Paris e quiseram resguardar-se fisicamente. Só que no lugar de assumirem a posse de bola, e continuarem a controlar o ritmo de jogo, optaram por se encostar à sua área, colocando-se à mercê dos bracarenses. Jesualdo agradeceu e produziu as alterações necessárias para uma grande segunda parte do Braga que, jogando sempre em velocidade, lançou o pânico sobre a defesa do Benfica (que o meio-campo já não existia). ps- João Ferreira. Mais um exemplo do péssimo nível da arbitragem portuguesa. Para além daquele penalty estupidamente assinalado, alguém me explique os cartões a Luisão, Nunes e Anderson... Sede de protagonismo é a minha sentença.comente: segunda-feira, novembro 14, 2005
Motivos profissionais conduziram-me à casa de um antigo árbitro da primeira categoria. Pelo meio conheci a sua família. Mãe incluída. Cumprimentei a senhora com um sorriso mas depois afastei-me perante a dúvida instalada no meu pensamento... Quantas vezes terei insultado a dita senhora???comente: quinta-feira, novembro 10, 2005
Ainda há futebolistas com carácter. Há coisa de três anos, falou-se muito do facto de Fernando Redondo pretender abdicar do seu ordenado durante o período em que se encontrava lesionado. Este facto tornou-se público por iniciativa de Adriano Galliani, que então afirmou que tamanho profissional não merecia ser privado das verbas acordadas em contrato. Há cerca de um ano, a AS Roma viu-se privada do contributo do seu capitão: o internacional italiano Damiano Tommasi. Recentemente recuperado da sua lesão no joelho, Tommasi foi convidado a renovar pelo seu clube. O jogador aceitou e, surpreendentemente, propôs assinar por 1500 euros mensais!!! "Fi-lo porque amo a Roma e o futebol. Os jovens vêem-nos como ídolos e temos de dar bons exemplos. Faço algo que adoro e sou, e fui, bem pago por isso." Jogadores como Tomo Sokota e Marius Niculae, que passaram grande parte dos seus contratos lesionados e, ainda assim, pretendiam ver os seus ordenados aumentados, poderiam aprender algo com este grande "jogador da bola". Porque ele é de facto um "jogador da bola" que ama o desporto que pratica. Outros há que não passam de autênticos mercenários protegidos pela capa do "futebolista profissional".comente: segunda-feira, novembro 07, 2005
Fraco. Só não foi a pior exibição da época porque houve o jogo de Alvalade. Na primeira parte ainda deu para disfarçar um pouco. O Benfica lá conseguia chegar à área adversária mas depois não acontecia nada. Ou assisitia-se a uma excessiva cerimónia - o canto em que Ricardo Rovha prefere o passe ao remate é sintomático - ou então não havia quem se soltasse para receber o último passe - e tantas vezes Karagounis sofreu com isso. Na segunda parte, a exibição roçou mesmo o sofrível. Nem depois do golo o Benfica se libertou da apatia e é justo dizer-se que Koeman também contribíu para isso ao retirar o jogador que se mostrava mais capacitado a fazer algo por aquela equipa, Karagounis, e ao manter Beto na equipa até ao fim da partida. O empate acaba por ser uma merecida penalização para o Benfica que, para mais, parece estar a perder o fulgor físico que vinha sendo fundamental para quebrar os seus adversários. Felizmente, vem aí a selecção e uma pausa fundamental. Outra nota para o senhor do apito que voltou a demonstrar a fraca quallidade da arbitragem portuguesa. Não tanto pelos golos em que errou - e aqui até teve sorte pois conseguiu enganar-se para os dois lados - mas pela forma como aplicou a lei da vantagem - que para ele, pelos vistos, só se dá a partir do terceiro jogador a tocar a bola - e pela gritante ausência de critério a nível disciplinar.comente: |
CALCIO ROSSO - Blog de inspiração benfiquista |