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quarta-feira, julho 20, 2005

 

A carta de Miguel. Há pormenores perfeitamente risíveis na carta que o antigo jogador do Benfica enviou para o Estádio da Luz. O primeiro prende-se com o tal período de experiência, que serve também para avaliar a competência de Dias Ferreira. Diz o jogador: “no contrato em causa não existe qualquer cláusula que exclua o período experimental”. Acontece que as normas que regem o direito desportivo dizem precisamente o contrário: que só há lugar a período experimental se este for previsto numa das cláusulas do contrato. (remember Del Neri?) E mesmo assim, diz a lei que tal cláusula só pode ser inserida no primeiro contrato estabelecido entre as partes. Daí ser irrelevante o Miguel alegar que se tratou de um novo contrato e não de uma prorrogação do vínculo. Outro pormenor curioso prende-se com a seguinte passagem: “Estava seguro que em 20 de Novembro de 2003 havia assinado um aditamento ao contrato de trabalho e não um novo contrato”. Aqui levantam-se duas questões muito importantes. A primeira de todas é que o Miguel é burro! O Benfica anunciou a renovação do vínculo até 2008 e Paulo Barbosa até se elevou em bicos de pés para garantir que esteve sempre ao corrente das negociações. Já para não falar das declarações de Miguel à Imprensa espanhola há coisa de três semanas: “tenho contrato até 2008”. Mas afinal, de acordo com Miguel, o jogador só assinou um aditamento. Então eu pergunto porque o Miguel se queixa disto: “as condições financeiras não correspondiam ao que tinha sido negociado: o valor da remuneração anual estabelecido, para 2005/2006 era exactamente igual ao estabelecido no aditamento ao anterior contrato caducado para a época 2004/2005”. Se só negociou um acréscimo salarial a um contrato que terminava em 2005, como é que discutiu verbas para a época seguinte? Eu não percebo muito de leis mas algo me escapa aqui… Mas o momento mais hilariante prende-se com as supostas ofensas do presidente encarnado. Estive na Luz na manhã de 4 de Julho para tratar da renovação do meu cativo e bem sei o que os adeptos diziam sobre o Miguel. Talvez por isso, Luís Filipe Vieira optou por um discurso em que afastava a hostilização sobre o jogador. Quis proteger o jogador e nem assim o conseguiu (basta ler os vários blogs benfiquistas existentes por aí). Mas nem assim… O Miguel acha que até isso foi uma estratégia para o atingir: “veiculavam que eu era um coitadinho, manipulado por um empresário (…) continuaram as ofensas, dando a ideia que eu não teria a personalidade própria”. Ridículo!!! Entretanto, ficamos a saber que Dias Ferreira foi contratado no dia 27 de Junho, não porque o Miguel desconfiasse do contrato, mas para que este ajudasse Paulo Barbosa a negociar uma transferência para o estrangeiro. Aqui, há que saber ler nas entrelinhas.


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CALCIO ROSSO - Blog de inspiração benfiquista
   
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