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quinta-feira, junho 30, 2005

 

E que tal fazer umas continhas? Quem passou nos quiosques e espreitou a primeira página do Correio da Manhã, por certo reparou num pequeno destaque incluído por debaixo da foto do regresso dos lagartos ao trabalho. Diz o seguinte: “Sondagem revela fraca adesão ao Kit Sócio do Benfica” (nota: O bold não é uma opção minha. É mesmo assim que surge no diário.) Abrindo na página 34, podemos então ler o seguinte: “O novo Kit de Sócio do Benfica tem feito correr muita tinta na Imprensa portuguesa, principalmente depois da ameaça de Luís Filipe Vieira, presidente dos ‘encarnados’, de abandonar o cargo em Outubro caso esta campanha não chegue aos 300 mil sócios. No entanto, e segundo uma sondagem Correio da Manhã/Aximage, esses números poderão ser bastante complicados de atingir nestes quatro meses. (…) A percentagem dos conhecedores é relativamente grande. No entanto, só 2,8% dos inquiridos garantiram na sondagem que já se fizeram sócios do clube das ‘águias’, sendo que 7,6 % revelaram que “vão comprar de certeza absoluta”.” Então vamos lá a fazer um exercício matemático. Comecemos pelos objectivos de Luís Filipe Vieira: atingir os 300 mil sócios. Neste momento, de acordo com a recontagem do número de associados efectuada há dois meses, eu integro um grupo de 94 mil pessoas que contribuem mensalmente para o clube. Ficam assim a faltar 206 mil sócios para que tal objectivo se cumpra. Como é público, antes de lançar o cartão, o Benfica procedeu a um estudo de mercado que apontou a existência de 4 milhões 752 mil e 354 simpatizantes encarnados. Agarre-se neste número e façam-se as continhas que o jornalista Gonçalo Lopes devia ter feito mas não quis. Mas como eu também sou preguiçoso, vou fazer de conta que o estudo só menciona 4 milhões de simpatizantes. Agora digam-me lá: 10 % (os tais 2,8% que já compraram somados aos 7,6% que garantem ir comprar) de 4 milhões dá quanto? Corrijam-me se estiver errado mas… não é o dobro dos kits necessários para atingir os 300 mil associados? Escarrapachar gráficos e infografias nas páginas de um jornal é fácil. Mas perder uns minutos para analisar as sondagens e fazer as continhas é coisa que dá muito trabalho.

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terça-feira, junho 28, 2005

 

Futsal. Depois do exemplo dado pelo voleibol, o futsal acaba de garantir mais duas dobradinhas para as modalidades do Sport Lisboa e Benfica. Na sexta-feira foi a vez dos homens conquistarem o seu 4º título (dois campeonatos e duas taças) em quatro anos de modalidade. Curiosamente, duas dobradinhas (as únicas da história do futsal nacional) conquistadas nos anos par. Espera-se que na próxima época rompam a tradição e nos proporcionem mais um título… No sábado foi a vez das nossas meninas conquistarem o título, e a consequente dobradinha, logo no primeiro ano da modalidade!


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domingo, junho 19, 2005

 

19 – Everson. Umas belas férias coroadas com o título de campeão nacional. Provavelmente, proporcionou uma bela comissão a quem insistiu em contratá-lo apesar da conhecida lesão nos adutores. Nos escassos minutos que jogou na Superliga não mostrou nada. Na Taça, mostrou que dá muita porrada. E pensar que Dalmat jogou esta época no Toulouse por empréstimo...

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18 – Manuel dos Santos. Vinha habituado a jogar numa defesa a cinco e, talvez por isso, demorou algum tempo a entrosar-se. Defensivamente seguro, não arrisca muito no corte e prefere controlar o seu adversário. É um jogador com vocação ofensiva mas não entra em maluqueiras. Calmo e regular, privilegia o entendimento com os colegas em detrimento das cavalgadas pelo flanco.

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15 – Nuno Assis. A sua chegada foi bastante importante para o Benfica mas não resolveu todos os problemas. Acima de tudo, é um transportador de bola. E bastante bom, diga-se. A sua técnica e velocidade permitem libertar os seus colegas e garantir maior mobilidade à equipa, e a sua movimentação permite abrir espaço no meio-campo adversário. O problema é que Nuno Assis não é, e nunca será, um organizador de jogo. Hesita demasiado na hora da decisão e o tempo de passe não é o ideal. Tem categoria e lugar no plantel do Benfica mas falta-lhe consistência exibicional para se assumir como titular.

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14 – Fyssas. Das duas uma: ou adormeceu à sombra do título europeu ou amoleceu com a vida de casado. Foi sempre um jogador apático, ausente e distraído.

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13 – Alcides. É um central rápido que gosta de jogar na antecipação e de transportar a bola para o ataque. No entanto, falha muitos passes e revela-se algo precipitado a disputar os lances. À primeira vista parece ser um jogador com grande potencial mas só uma utilização mais regular poderá dissipar as dúvidas.

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12 – Quim. Resistiu à desconfiança inicial da maioria dos adeptos encarnados e trouxe personalidade e segurança ao sector defensivo do Benfica. A baixa estatura poderia ser um problema mas Quim compensa esse facto com a sua experiência e a sua agilidade. E contrariamente ao que muitos afirmam, é um guarda-redes seguro e pragmático nas saídas pelo ar. É verdade que não arrisca disputar lances em que a sua estatura o possa prejudicar mas também não hesita. Segura a linha de baliza e confia nos seus centrais. Mas quando pode, ou é forçado, sai com determinação, socando sempre a bola para fora da sua área. Precisa apenas de trabalhar a sua reposição de bola que, embora rápida, nem sempre leva o melhor destino.

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11 – Geovanni. O caça-lagartos. Iniciou a época em péssima forma mas recuperou a tempo de fazer a sua melhor temporada desde que chegou a Portugal, afastando em definitivo o fantasma da "césar-britização". Parece ser hoje um jogador mais maduro, algo também perceptível na forma como se dirige ao público e à Imprensa. O Geovanni tímido desapareceu e deu lugar a um profissional confiante e assertivo. O brasileiro não é um jogador que exerça um grande fascínio nos adeptos (pelo contrário, irrita-os constantemente) mas demonstrou, finalmente, a sua utilidade. Apresentou um futebol mais objectivo e consistente, e mostrou-se mais disponível para tarefas defensivas ao mesmo tempo que aumentava a sua produtividade na área adversária (destaque para os golos de cabeça que apontou). O seu grande problema continua a ser a fraca capacidade física, que o obriga a alhear-se do jogo em determinados períodos, e a aparente ineficácia a jogar sem bola. Definitivamente, não gosta de se desmarcar, privilegiando as incursões em velocidade com a bola dominada. Em várias ocasiões, isso provoca um bloqueio da movimentação ofensiva da equipa.

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sexta-feira, junho 17, 2005

 

Sai Álvaro entra Chalana. Uma boa opção. É verdade que os jogadores nutriam por Álvaro Magalhães um carinho muito especial e que este acabou por desempenhar um papel fundamental na união do grupo. Mas também é verdade que a chegada de Ronald Koeman e Bruins Slot implicaria a despromoção de Álvaro na estrutura técnica dos encarnados. E certamente todos nos lembramos das suas declarações após a saída de Camacho e sobre o facto de ser então a 3ª figura da estrutura. As vantagens do regresso de Chalana são pelo menos três. Também ele cultiva uma boa relação com os atletas e o seu low-profile adequa-se melhor ao cargo que irá desempenhar. Mas mais importante que tudo isso é o facto de ter trabalhado de perto com os jovens que agora sobem à categoria principal. Por esse motivo, trata-se da pessoa ideal para os enquadrar nesta nova etapa da sua carreira.

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quinta-feira, junho 09, 2005

 

10 - Zahovic. Devo ser dos pouco que acredita que o Zahovic foi útil ao Benfica dos últimos anos. Irregular, é certo, mas muito útil. Talvez porque preferi avaliá-lo por outros factores que não a velocidade. Ainda assim, foi uma surpresa constatar que iria continuar mais um ano no Benfica. Penso que até ele terá ficado surpreendido e é inquestionável que a sua permanência se deveu ao fracasso no recrutamento de um organizador de jogo. Apresentou-se decidido a dar o seu melhor mas foi perdendo espaço na equipa. Em Dezembro, clube e jogador negociaram a sua saída num processo que dignificou tanto o clube como o jogador. Ainda assim, há quem diga que saíu pela porta pequena. Eu agradeço tudo o que deu.

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9 - Mantorras. Deu uma grande lição aos seus colegas de plantel. Para triunfar e superar as adversidade é preciso acreditar, lutar e saber sofrer. E nesse domínio, Pedro Mantorras foi o símbolo do Benfica. Ainda está em fase de recuperação e sente-se a falta da explosão e da velocidade que o caracterizavam, mas mantém a facilidade de remate e parece até ter apurado o seu sentido de oportunidade. Foi também importante no cimentar da empatia entre equipa e o público. Aqui simbolizou o sonho. Porque se existia alguém em quem o público da Luz confiava e acreditava sempre, esse alguém era o Mantorras. E ele correspondeu com golos que se revelaram decisivos na conquista da Superliga.

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quarta-feira, junho 08, 2005

 

8 - Bruno Aguiar. Foi um dos 3 Bs chamado a participar na preparação da época 2001/2002 e chamou a atenção pela sua mobilidade e pela segurança com que tratava a bola. Nessa época dividiu-se entre o Benfica B e o Gil Vicente para nos dois anos seguintes ganhar rodagem em Alverca. No iníco desta época pensou-se que poderia ter atingido a maturidade necessária para se tornar um jogador útil ao clube. Pessoalmente, foi a grande desilusão da temporada. É certo que começou por jogar nos flancos mas quando Trap o devolveu à posição de origem acabou por mostrar muito pouco. Tem técnica mas não influencia o jogo da equipa. Deixa-se influenciar. Tem um remate forte e colocado mas tem medo de utilizá-lo. O tempo de passe é péssimo, fruto de uma excessiva hesitação na hora de decidir. E na maior parte das vezes decide mal, revelando fraca leitura de jogo.

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segunda-feira, junho 06, 2005

 

7 - Carlitos. Chegou rotulado como a grande revelação da Liga de Honra mas acusou a largura do salto. Percebe-se que Carlitos tem futebol para dar mas o jogador não foi capaz de demonstar esse talento nos relvados da Superliga. Na maior parte do tempo, aparentou desconfiar das suas potencialidades. Um ano de rodagem longe da pressão da Luz far-lhe-ia bem.

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quinta-feira, junho 02, 2005

 

Ah pois é! Sem ninguém dar por isso, o Benfica assegurou o seu primeiro reforço. Se Beto corresponderá às expectativas, é algo que só saberemos dentro de 2 meses.

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6 - Petit. Foi um dos pilares do título. Como já acontecera na sua estreia ao serviço do Benfica (onde Tiago assumia o papel de primeiro trinco), começou a época a jogar mais adiantado, o que permitia ao Benfica recuperar várias bolas no meio-campo adversário. A atitude que o caracteriza revelou-se até bastante importante no jogo ofensivo da equipa mas com o tempo - o necessário para Manuel Fernandes ganhar confiança e começar a pegar no jogo - recuou até á sua posição natural. Aí mostrou-se mais inteligente na forma como diputa os lances, mantendo a dureza que o caracteriza mas aplicando-a de forma mais subtil. Não fez a sua melhor época ao serviço do Benfica porque muitas vezes jogou abaixo das condições físicas ideais. Mas esse espírito de sacrifício apenas o valoriza ainda mais como profissional. Importantíssimo, também, foi o facto de aplicar a meia distância com mais frequência que no passado.

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5 - Paulo Almeida. O fiasco da temporada. Foi a única contratação a chegar à Luz pela mão de Camacho, que via no brasileiro o cabeça de área capaz de sustentar um Benfica em 4-3-3. Inicialmente mostrou boa leitura táctica, bom índice de recuperações de bola e rapidez na entrega da mesma aos seus colegas. Mas à medida que colegas e adversários foram melhorando a sua condição física, o brasileiro começou a perder mobilidade no terreno e influência no jogo. Quando o Benfica iniciou a sua participação na Superliga já Paulo Almeida se vira relegado para o banco dos suplentes. E apenas abandonou essa condição em quatro ocasiões: três por ausência de Petit e uma por impedimento de Manuel Fernandes. É claramente um jogador sem ritmo europeu. Aliás, falta-lhe ritmo competitivo até para muitos campeonatos sul-americanos. Está de saída e muito dificilmente voltará a envergar a camisola encarnada.

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quarta-feira, junho 01, 2005

 

4 - Luisão. Gigantesco! Quando há duas épocas chegou ao Benfica, fui um dos mais acérrimos contestatários a este jogador. O tempo provou que eu estava errado e no final da época 03/04 já era um dos meus indiscutíveis. Luisão surpreende pela calma com que entra em campo. Erra como os outros: às vezes por azar, outras porque a altura o torna trapalhão em determinados momentos. Mas nunca se deixa abater por esses percalços. Entre as suas principais qualidades estão o jogo aéreo e a leitura de jogo. Joga bem na antecipação e é simples e eficaz nos cortes. Apesar de não ser muito dotado tecnicamente, não tem medo de progredir no terreno com a bola nos pés. E muitas vezes o vimos ir à linha cruzar para o interior da área adversária! De todo o plantel foi sempre o que demonstrou maior fibra de campeão. Foi sempre o primeiro a incentivar os seus colegas, sempre o primeiro a exigir o apoio do público da Luz quando este insistia no assobio fácil. E teve coragem de dar a cara quando já poucos acreditavam. Prometeu e cumpriu! Peca apenas num capítulo: a presença em bolas paradas atacantes. Cabeceia bem mas tem a irritante mania de o fazer para a frente, o que, devido à sua estatura, faz com que a bola saia sempre por cima da barra. Se o Benfica o conseguir segurar (e anseio por que tal aconteça) que o chateiem até se mentalizar que tem de cabecear de cima para baixo, “como mandam as regras”.

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3 - Argel. Conseguiu a renovação graças à lesão de Alcides (ainda hoje não percebo porquê ele e não o Hélder! ou se calhar até percebo…). Ofereceu uma Supertaça ao Porto mas contribuiu com três pontos (Penafiel) para a conquista da Superliga. O “Guerreiro” também é campeão mas não me deixa saudades.

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2 - Amoreirinha. Foi uma das boas surpresas da pré-época onde revelou excelente atitude e concentração. Acabou por ser queimado pela lesão de Miguel e a má forma física de Geovanni. Forçado a jogar como lateral-direito, nunca correspondeu às expectativas. Desenrascar a posição num clube de pequena/média dimensão não é o mesmo que jogar no Benfica. Teve duas oportunidades a central mas apenas uma enquanto titular. Contra o Estoril saiu do banco e exibiu-se a bom plano, revelando-se fundamental na defesa dos três pontos. No Restelo foi titular mas teve o azar de apanhar Argel como seu companheiro. Não escapou ao naufrágio e assinou o passaporte para as transferências de Inverno. Tem futuro e merece uma oportunidade. Mas como central.

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1 - Moreira. Começou a época a titular e confirmou as indicações deixadas no final da época 03/04. Seguro entre os postes, demonstrando agilidade e bons reflexos, fiabilidade a jogar com os pés e uma maior confiança e determinação nas saídas a cruzamentos. No entanto, mostrou ainda não ter superado as suas únicas debilidades: défice comunicacional com os seus companheiros e muita hesitação na saída para recolher bolas perdidas ou lançadas em profundidade pelos adversários para as costas da defesa. À 15ª jornada, abandonou a equipa para regressar em apenas uma ocasião (30ª jornada frente ao Penafiel). A responsabilidade nos golos sofridos pelo Benfica foi nula mas notou-se que ainda não convence a 100% os seus colegas da defesa. Alguém se lembra de como Trapattoni justificou a sua opção? Proteger o jogador. E ao que tudo indica, tinha razão.

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CALCIO ROSSO - Blog de inspiração benfiquista
   
SPORT LISBOA E BENFICA - Blog de inspiração benfiquista. A manutenção deste blog depende dos humores de Quetzal Guzman, Lupano De Spinafro e NM. Mails em calcio-rosso@nme.com