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terça-feira, agosto 24, 2004

 

A importância de um capitão vê-se em jogos como este. Há anos que o Benfica não tem um capitão capaz de mandar um berro em campo quando as coisas correm mal, um grito que desperte a equipa e reforce a coesão do grupo. Essas historietas da braçadeira para aquele que está há mais tempo no clube, ou para aquele que tem mais influência no futebol da equipa, cheiram a mofo. Já era tempo do Benfica entregar a braçadeira a um verdadeiro líder.

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As opções de Trapattonni. Fui daqueles que no passado dia 10 de Agosto me chateei com a assobiadela a Trap. Compreendo os emigrantes que se mostram sedentos de golos mas às vezes é preciso parar um pouco para pensar. O Benfica havia perdido por completo o controlo do jogo e não era cedendo mais espaço no meio-campo que iria encontrar espaço para servir os seus avançados. Mas hoje julgo que errou. E logo à partida. O erro mais grave foi a inclusão de Argel no onze titular. A exibição no jogo da Luz fora sofrível e contra o Porto acabou por ter responsabilidade directa no golo de Quaresma - como já tivera nos dois golos do Real Madrid ou no golo do Braga, p.e. E a prestação na partida de hoje comprovou mais uma vez que Argel é o pior central do actual Benfica. Por três vezes se viu Paulo Almeida a efectuar cortes ao lado de Luisão. E não foram essas as únicas vezes que a televisão nos mostrou o ex-santista a ocupar o espaço do "guerreiro", perdido sabe-se lá onde. O primeiro golo todos viram: Argel falha na marcação, depois finge que salta, e golo... Mas o momento de glória chegou quando Argel conseguiu a proeza de colocar em jogo um avançado belga... tudo porque se encontrava uns bons 10 metros (julgo não estar a exagerar) atrás da linha defensiva encarnada!!! Outro erro foi a inclusão de Manuel Fernandes, ainda muito verde para estas andanças. Tendo em conta as expectativas criadas por Hugo Broos, Trap optou por resguardar Zahovic de um período em que o pulmão seria parte essencial da partida. A opção não é de todo criticável, embora Za pudesse ser a chave no lançamento dos contra-ataques. Manuel Fernandes nem foi dos piores mas falta-lhe ainda algo para que consiga impulsionar uma equipa num jogo importante como este. Apesar de tudo, o maior erro foi a demora em mexer na equipa. Se se perdoa a manutenção de Argel para não queimar uma substituição com um defesa, Za e Geovanni deveriam ter entrado ao intervalo. Bastava um golo para a passagem mas Trap hesitou, o Anderlecht cresceu ainda mais, e o Benfica perdeu toda e qualquer oportunidade de vir a controlar a partida.

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Frustração... Há 15 dias tudo parecia correr bem após aquela fenomenal biqueirada de Zahovic. O Benfica não fizera uma primeira parte brilhante mas teve apontamentos que deixaram os adeptos optimistas. Ao intervalo, a opinião nas bancadas da Luz era unânime: bastava apertar um pouco com a defesa belga e facilmente surgiriam um ou dois golos. E a primeira movimentação atacante do Benfica ia de encontro às afirmações produzidas. Excelente entendimento entre João Pereira e Zahovic, culminado com remate em rotação de Sokota. O guardião belga afastou para canto e tudo se alterou radicalmente. A zona central da defesa, que já demonstrara alguma dificuldade no primeiro tempo, ruíu por completo e a partir dos 60 minutos, com a quebra física de Miguel, Zahovic e Paulo Almeida, o Benfica perdeu por completo o controlo da partida. No entanto, o resultado manteve-se e ficou bem visível que o Anderlecht não era superior ao Benfica pelo que tudo estaria dependente da concentração e coesão defensiva apresentada no jogo da segunda mão. Pelo meio veio a Supertaça contra o Porto, uma excelente oportunidade de testar a equipa para a segunda mão do apuramento à Champion's. E apesar do resultado adverso, a exibição deixara boas indicações para o jogo de hoje. Isto se nos abstairrmos da habitual pecha na finalização... Mas esses indícios positivos redundaram num absoluto pesadelo! A equipa entrou demasiado nervosa e nunca conseguiu impôr o seu jogo. O pressing nunca funcionou em bloco, a circulação de bola nem sempre foi a melhor e só a espaços se ameaçou a baliza belga. Mas o futebol do Benfica nunca atingiu a estabilidade necessária. Ainda assim, três grandes oportunidades desperdiçadas: duas pelo nervosismo de Carlitos, uma pelo egoísmo de Miguel. A machadada final aconteceu com o primeiro golo dos belgas. Por mais que a esperança se mantivesse, as imagens da televisão mostravam que uma incapacidade gritante em subverter aquele resultado...

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terça-feira, agosto 10, 2004

 

Depois do que viu na pre-época... Será que Amoreirinha não merecia estar hoje no lugar de Argel?

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O duplo-pivot e o extremo esquerdo. O Benfica inicia hoje a época 2004-2005 com Petit e Paulo Almeida no comando do seu meio-campo. Confesso que me tem agradado a prestação do brasileiro. É certo que parece algo pesado e que se movimenta num espaço reduzido de terreno, mas é também verdade que coloca ordem na sua zona de acção, perde poucos lances e mostra-se sempre atento nas dobras aos seus companheiros. Ofensivamente é que não se deve esperar muito dele. Com a bola nos pés a sua primeira preocupação é entregá-la a um criador de jogo e raras são as vezes em que dá mais do que dois toques na bola. Mas se as suas prestações têm sido positivas sempre que é colocado sozinho à frente da área encarnada, o mesmo não acontece quando se vê acompanhado por Petit. A opção até poderia ser interessante frente a equipas que apresentem dois organizadores de jogo, com Petit a pressionar de imediato o primeiro homem e Almeida a marcar à zona o segundo. Mas serão raros os jogos em que o Benfica se depare com tal esquema e isso resultará, não só, numa perda de influência defensiva de Almeida como também originará problemas de construção de jogo ofensivo. O que Benfica necessita em campo é de um jogador que permita a Trapatonni alternar o 4-1-4-1 e o 4-2-3-1 durante uma partida sem grandes problemas. E aqui surge outra questão. O treinador parece decidido em manter a aposta de Camacho de lançar Manuel Fernandes aos poucos para que este atinja a maturidade futebolística sem grandes pressões. E vai daí contrata-se Everson para substituir Tiago. E para quê? Pode ser que se revele um reforço interessante mas... para quê queimar nas alas um jogador que tem feito toda a sua carreira na posição antes ocupada por Tiago? Bruno Aguiar pode não ter a classe de Tiago mas é um jovem trabalhador com bom toque de bola e que demonstra apreciável sentido táctico. Enquanto isso, o Benfica continua há anos sem um extremo canhoto, obrigando-se a inventar soluções sempre que Simão esteja indisponível. Ninguém do Benfica reparou no búlgaro Petrov ao longo do Euro2004?

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SPORT LISBOA E BENFICA - Blog de inspiração benfiquista. A manutenção deste blog depende dos humores de Quetzal Guzman, Lupano De Spinafro e NM. Mails em calcio-rosso@nme.com